Um terreno da Prefeitura de São Paulo na Avenida Mutinga, em
Pirituba, nas proximidades do terminal de ônibus e da estação de trem do
bairro, será utilizado para a construção do campus noroeste do
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (IFSP).
O anúncio foi feito pelo prefeito Fernando Haddad, no aniversário de
459 anos de São Paulo, na sexta-feira, dia 25, em cerimônia com a
presidente Dilma Rousseff e o ministro da Educação, Aloizio Mercadante,
na zona leste da cidade, onde será construído, também em um terreno da
Prefeitura, um campus da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
As verbas para a construção do campus noroeste do IFSP foram
liberadas pela União em agosto de 2011, quando Haddad ainda era ministro
da Educação. A unidade será um dos novos oito campi do IFSP no Estado
de São Paulo, a serem construídos até o fim de 2014.
O campus noroeste do IFSP terá 1.500 vagas. Pelo projeto original, ao
menos 50% serão destinadas ao ensino técnico, e o restante ao ensino
superior, especialmente de tecnologia e engenharia. O ambiente terá área
total de 7.707 metros quadrados, 24 salas de aula e dois laboratórios
técnicos, além de dois blocos de pavimentos para atividades gerais.
O local escolhido para a construção do campus foi sugerido, ainda no
primeiro semestre de 2012, pelo movimento Pró-Universidade, coletivo que
se mobiliza pela construção de uma universidade na periferia da zona
noroeste, mas a administração anterior não viabilizou a doação do
terreno. Havia nos bastidores da gestão Kassab a intenção de utilizar o
local para a construção de posto de descarte de raspa de asfalto.
“Para nossa satisfação, logo no início da nova gestão, Haddad cumpre o
compromisso assumido com o movimento e a comunidade em agosto de 2011
no Jardim Elisa Maria: construir o primeiro equipamento de ensino
superior público da região norte-noroeste: o Instituto Federal de
Tecnologia”, festejaram os membros do Pró-Universidade em seu site.
Articulação visa a construção de uma universidade pública
A ideia da construção de uma universidade pública na periferia da
zona noroeste surgiu em 2006, amadureceu ao longo dos anos e ganhou
consistência em 2010 com as reuniões mais frequentes do
Pró-Universidade.
A meta prioritária é que seja instalada na periferia noroeste uma
universidade pública, o que não é o caso do IFSP, que oferece graduação
técnica e em nível superior em tecnologia e engenharia, mas não atende a
licenciaturas e bacharelados em exatas, humanas e biológicas.
Desde as primeiras reuniões do Pró-Universidade, o desejo é que o
campus de uma universidade pública seja construído na área de antiga
fábrica de cimento de Perus. Já há inclusive o estudo de um arquiteto
que mostra a viabilidade para tal instalação, e o movimento já teria
procurado as reitorias da USP e da UNESP para dialogar a respeito, mas
nada foi acordado até o momento.
Retirado de http://www.cantareira.org/destaques/periferia-brasilandia-campus-noroeste-do-ifsp